Estou pensando em falar em mudanças, estou pensando em entender o que é isso e por qual motivo ocorre em nossas vidas.
Passei mudanças a vida toda e pretendo continuar me deparando com elas ou dobrar cada esquina do meu caminho. Gosto de imaginar a mudança como uma mulher muito branca, alta e magra que sempre apresenta um rosto coberto em véu, ocultando assim suas intenções.
A primeira grande mudança, the first real big change, ocorreu em 2001 quando abandonei o aconchego do meu lar (e a pentelha Mi Satake) e me mudei para o Amazonas. Sair de São Paulo e me ver sozinho em Manaus foi algo no mínimo desesperador, mas depois o tempo foi passando e fui me adaptando com os novos amigos, novo emprego, novo clima e novas experiências.
Quem saiu menino voltou homem, voltou profissional e voltou também com 30 Kg a mais e muita expectativa.
Estava com um plano bem simples onde eu poderia esquecer a magrela por uns bons 5 anos, emprego novo em uma empresa menor, salário maior e pertinho da minha família, porém, ontem durante uma reunião na empresa percebi que ela espreitava e ainda tímida e apenas me olhou rapidamente pela fresta da cortina mas percebi que o ambiente era totalmente convidativo pra ela, sim, a branquela assustadora chamada Mrs. Mudança gostou muito daquilo tudo.
A diferença é que agora ela não está mais lidando com um moleque de 19 anos e sim com um homem cheio de coragem e contas pra pagar. Hoje vou dobrar a esquina de peito aberto, sem medo de encontrar com ela ali paradona como sempre, pois a vida é assim, quando esperamos uma coisa vem outra.
É como se diz: “de onde menos se espera é que não sai porra nenhuma mesmo”
Pode chorar.
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